O poema de Cecília Meireles tematiza o homem, a natureza e o trabalho. E, por extensão, diz também sobre as profundas desigualdades que nascem da relação entre esses três elementos. De maneira escalonar, a primeira estrofe faz referência à etapa primeira de plantio na cadeia de produção de um alimento ("O chão. / O grão. / O grão no chão."). A segunda estrofe apresenta o produto, o alimento, e coloca-o em paralelo com a força humana ("O pão. / O pão e a mão. / A mão e o pão."). A última estrofe interrompe o movimento cíclico que encena o poema através da colocação do advérbio "Não". Tal recurso, por sua vez, faz do poema uma mensagem contra o desperdício e a fome em um contexto de desigualdade social.
Além dos nomes acima muitas outras pessoas colaboraram com o projeto. Para uma lista mais completa de agradecimentos, confira a página Sobre o projeto.
O MPAC é um projeto de caráter científico, educativo e cultural, sem fins lucrativos. É vedada a reprodução parcial ou integral dos conteúdos da página para objetivos comerciais. Caso algum titular ou representante legal dos direitos autorais de obras aqui reproduzidas desejem, por qualquer razão e em qualquer momento, excluir algum poema da página, pedimos que entrem em contato com a nossa equipe. A demanda será solucionada o mais rapidamente possível.
— Financiamento e realização
Projeto de pesquisa que visa criar um repositório de poemas brasileiros que retrate a vida no país durante a ditadura militar, contando com pesquisadores de várias instituições e estados, aberto à colaboração de leitores e estudiosos para sugerir poemas a integrar o levantamento
Comentário do pesquisador
O poema de Cecília Meireles tematiza o homem, a natureza e o trabalho. E, por extensão, diz também sobre as profundas desigualdades que nascem da relação entre esses três elementos. De maneira escalonar, a primeira estrofe faz referência à etapa primeira de plantio na cadeia de produção de um alimento ("O chão. / O grão. / O grão no chão."). A segunda estrofe apresenta o produto, o alimento, e coloca-o em paralelo com a força humana ("O pão. / O pão e a mão. / A mão e o pão."). A última estrofe interrompe o movimento cíclico que encena o poema através da colocação do advérbio "Não". Tal recurso, por sua vez, faz do poema uma mensagem contra o desperdício e a fome em um contexto de desigualdade social.