[é com o pé no fundo que a gente aparece]
na tona do charco
agradecido os bezouros amigos por mais um vôo
algumas azas de baralho
porque nem toda palavra é ordem de consolo
nem todo tempo se passa na repetição
nem todo juízo se perde eternamente
porque é pelos sete buracos que se recomeça
corações mulçumanos mamelucos malucos macumbeiros
tropa rumbeira de guerreiros sentimentais descolonizados
pelo delírio pelo lascínio pelo leque plástico do pavão
resistentes fotografadores do real
respeitadores abusados divergentes pipadores dos céus nacionais
sem marca registrada de nenhum pano de chão
pela água do rio o vermelho do sangue
a carne macia dos antropófagos
pela flecha perdida do brasilíndio encachaçado
coração continental
esse cheiro de terra
esse berro histórico
temporão recém nascido fora de moda