Poema publicado na parte intitulada “Poemas policiais” da seção "Poemas Finais" (1979) da “Poesia Completa” do autor. Segundo Cláudia Cordeiro, organizadora da "Poesia Completa", o ano de 1979 marca o início da maioria da criação dos poemas, mas o poeta, ao longo de sua produção literária, escreveu muitos outros em variadas datas e somou-os ao volume. O livro se encontra na seção "Obra consolidada" da "Poesia Completa" do autor. Nessa seção, constam obras nunca publicadas integralmente, que perderam o ineditismo porque tiveram recortes publicados e/ou não contaram com a organização final do poeta. Foram, então, recompostas por ela a partir de poemas avulsos indicados por ele em seus originais e conjunto de pastas com respectivos títulos.
VIII
quem disse
que ele não é um monstro?
(nem ele mesmo);
quem disse
que não devia ir
ao "pau-de-arara"?
(nem ele mesmo);
quem disse que, de tão frio,
se faz tão perigoso?
(nem ele mesmo);
quem disse que as coisas
podiam ser diferentes?
(ele mesmo)
Comentário do pesquisador
Embora o poema acima não seja datado, optou-se por registrá-lo no Memorial Poético dos Anos de Chumbo devido à referência explícita ao "pau-de-arara", método de tortura utilizado durante os interrogatórios ocorridos na ditadura militar.
Além dos nomes acima muitas outras pessoas colaboraram com o projeto. Para uma lista mais completa de agradecimentos, confira a página Sobre o projeto.
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— Financiamento e realização
Projeto de pesquisa que visa criar um repositório de poemas brasileiros que retrate a vida no país durante a ditadura militar, contando com pesquisadores de várias instituições e estados, aberto à colaboração de leitores e estudiosos para sugerir poemas a integrar o levantamento
Comentário do pesquisador
Embora o poema acima não seja datado, optou-se por registrá-lo no Memorial Poético dos Anos de Chumbo devido à referência explícita ao "pau-de-arara", método de tortura utilizado durante os interrogatórios ocorridos na ditadura militar.