eu vi Estácio de Sá na Presidente
Vargas montado num cavalo branco
cercado de odaliscas assoviando
ninguém me ama, ninguém me quer
e na Rio Branco as bombas explodiam
lantejoulas luzentes sob o sol
a cavalaria carregou contra a Candelária
contra nós colombinas pierrôs arlequins
e viramos automóveis na esquina de Ouvidor
acendemos fogos líricos clarões lunares
cantamos Esse ano não vai ser igual
àquele que passou porque seremos
sempre jovens mas vivimos de recuerdos
y passiones porque é sempre carnaval
sempre e sempre cair na folia
sempre amar e chorar de emoção
e gás lacrimogêneo