e os meus mortos
quem chora
os milhares que caem
enquanto passo?
o exílio, quem paga
e a tortura, seu fruto
quem devora?
somos herdeiros
da vida amarga e da morte
as prisões cobrem
o canto dos escravos
com a mão no horizonte
os bravos aguardam
breve
sairemos da toca