O poema pode ser lido como um haicai (por ser um terceto com rima externa nos versos ímpares), embora também se distancie da composição japonesa (pois não traz temática ou kigô típico do gênero, não abordando estações do ano). O texto, entretanto, é efemérico por relembrar a efeméride, a data, de primeiro de abril, dia do Golpe Militar de 1964. Assim, no primeiro verso, a suposta exaltação do Brasil, em tom irônico, na verdade, está expondo uma mazela: o dia primeiro de abril é popularmente conhecido como dia da mentira, de maneira que, no texto, o Golpe e a farsa se confundem. O ano inteiro o país vive uma mentira: na Ditadura Militar, a exaltação do Brasil, viva!, é uma piada de mau gosto.
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— Financiamento e realização
Projeto de pesquisa que visa criar um repositório de poemas brasileiros que retrate a vida no país durante a ditadura militar, contando com pesquisadores de várias instituições e estados, aberto à colaboração de leitores e estudiosos para sugerir poemas a integrar o levantamento
Comentário do pesquisador
O poema pode ser lido como um haicai (por ser um terceto com rima externa nos versos ímpares), embora também se distancie da composição japonesa (pois não traz temática ou kigô típico do gênero, não abordando estações do ano). O texto, entretanto, é efemérico por relembrar a efeméride, a data, de primeiro de abril, dia do Golpe Militar de 1964. Assim, no primeiro verso, a suposta exaltação do Brasil, em tom irônico, na verdade, está expondo uma mazela: o dia primeiro de abril é popularmente conhecido como dia da mentira, de maneira que, no texto, o Golpe e a farsa se confundem. O ano inteiro o país vive uma mentira: na Ditadura Militar, a exaltação do Brasil, viva!, é uma piada de mau gosto.