Para servir ao povo de mortalha
Botas marcham sobre pedras.
No retrato de carne as camisas tremem.
As ruas estão esgotadas de homens decididos,
/todos bem distribuídos.
Nas prisões, nós, os bandidos.
No alto do planalto
/ouvem-se cantos de louvor.
Ocupam-se de todos os favores,
/de gente importada, fabricada
/de-sobretudo-exportação.
É hora de louvação,
de mão sobre mão,
de insônia,
degradação,
de adultério, despautério.
No ar, um laço cor de aço, de barbante e,
/sob o céu capacetes e turbantes berrantes.
Há manchas roxas no colorido vermelho.
No alto, trêmula, faz-se verde-amarela.
PRPW/21-08-73