papel: o campo branco
aberto a todos os riscos
muro acidental de uma guerrilha de rabiscos
e grafitos
cara de papel
osso exposto à dureza do meio-dia
o coração virando relevo na parede
uma falha na relva
campo de outras tantas batalhas perdidas
folha irrecuperável: o risco que a borracha não apaga
impune mente
Marcelo Ferraz (UFG/CNPq)
Nelson Martinelli Filho (IFES/UFES/CNPq)
Wilberth Salgueiro (UFES/CNPq)
Juliana Celestino
Valéria Goldner Anchesqui
Camila Hespanhol Peruchi
Rafael Fava Belúzio
Abílio Pacheco de Souza (UNIFESSPA)
Ana Clara Magalhães (UnB)
Cleidson Frisso Braz (Doutorando UFES)
Cristiano Augusto da Silva (UESC)
Diana Junkes (UFSCar)
Fabíola Padilha (UFES)
Francielle Villaça (Mestranda UFES)
Henrique Marques Samyn (UERJ)
Marcelo Paiva de Souza (UFPR/CNPq)
Mariane Tavares (Pós-doutoranda UFES)
Patrícia Marcondes de Barros (UEL)
Susana Souto Silva (UFAL)
Weverson Dadalto (IFES)
Além dos nomes acima muitas outras pessoas colaboraram com o projeto. Para uma lista mais completa de agradecimentos, confira a página Sobre o projeto.
Projeto de pesquisa que visa criar um repositório de poemas brasileiros que retrate a vida no país durante a ditadura militar, contando com pesquisadores de várias instituições e estados, aberto à colaboração de leitores e estudiosos para sugerir poemas a integrar o levantamento
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Comentário do pesquisador
Ao tratar de "guerrilha de rabiscos", o poeta parece fazer alusão implícita às guerrilhas que atuaram no Brasil nos anos 1970. O poema trata de batalhas perdidas e de impunidade, precisamente o resultado dos movimentos de guerrilha no Brasil, considerada a intensa repressão e violência com que foram atacadas pelo regime militar.