O sintagma "dispa/ssa/ro" brinca foneticamente com as palavras despassarar e disparar. A primeira pode significar "depenar", tirar as penas de um pássaro, descaracterizando-o e submetendo-o a um processo contínuo e longo de sofrimento; e, também, pode significar "despenar" que é arrancar as folhas ou as raízes de uma planta. Metaforicamente, a partir dessas possibilidades de leitura, o poema poderia referir-se à tortura e ao exílio. Além disso, analisando pela referência mais explícita, ao anular o fonema "ssa" de "dispa/ssa/ro", resta o disparo, aquilo que trespassa o pássaro e o mata. O pássaro passageiro é só mais entre tantos.
Além dos nomes acima muitas outras pessoas colaboraram com o projeto. Para uma lista mais completa de agradecimentos, confira a página Sobre o projeto.
O MPAC é um projeto de caráter científico, educativo e cultural, sem fins lucrativos. É vedada a reprodução parcial ou integral dos conteúdos da página para objetivos comerciais. Caso algum titular ou representante legal dos direitos autorais de obras aqui reproduzidas desejem, por qualquer razão e em qualquer momento, excluir algum poema da página, pedimos que entrem em contato com a nossa equipe. A demanda será solucionada o mais rapidamente possível.
— Financiamento e realização
Projeto de pesquisa que visa criar um repositório de poemas brasileiros que retrate a vida no país durante a ditadura militar, contando com pesquisadores de várias instituições e estados, aberto à colaboração de leitores e estudiosos para sugerir poemas a integrar o levantamento
Comentário do pesquisador
O sintagma "dispa/ssa/ro" brinca foneticamente com as palavras despassarar e disparar. A primeira pode significar "depenar", tirar as penas de um pássaro, descaracterizando-o e submetendo-o a um processo contínuo e longo de sofrimento; e, também, pode significar "despenar" que é arrancar as folhas ou as raízes de uma planta. Metaforicamente, a partir dessas possibilidades de leitura, o poema poderia referir-se à tortura e ao exílio. Além disso, analisando pela referência mais explícita, ao anular o fonema "ssa" de "dispa/ssa/ro", resta o disparo, aquilo que trespassa o pássaro e o mata. O pássaro passageiro é só mais entre tantos.