LABORATÓRIO
Orides Fontela
LABORATÓRIO
Des - armamos o fato
para - pacientemente -
re - generarmos a estrutura
ser nascido do que
apenas acontece.
Re - fazemos a vida.
Des - armamos o fato
para - pacientemente -
re - generarmos a estrutura
ser nascido do que
apenas acontece.
Re - fazemos a vida.
Marcelo Ferraz (UFG/CNPq)
Nelson Martinelli Filho (IFES/UFES/CNPq)
Wilberth Salgueiro (UFES/CNPq)
Juliana Celestino
Valéria Goldner Anchesqui
Camila Hespanhol Peruchi
Rafael Fava Belúzio
Abílio Pacheco de Souza (UNIFESSPA)
Ana Clara Magalhães (UnB)
Cleidson Frisso Braz (Doutorando UFES)
Cristiano Augusto da Silva (UESC)
Diana Junkes (UFSCar)
Fabíola Padilha (UFES)
Francielle Villaça (Mestranda UFES)
Henrique Marques Samyn (UERJ)
Marcelo Paiva de Souza (UFPR/CNPq)
Mariane Tavares (Pós-doutoranda UFES)
Patrícia Marcondes de Barros (UEL)
Susana Souto Silva (UFAL)
Weverson Dadalto (IFES)
Além dos nomes acima muitas outras pessoas colaboraram com o projeto. Para uma lista mais completa de agradecimentos, confira a página Sobre o projeto.
Projeto de pesquisa que visa criar um repositório de poemas brasileiros que retrate a vida no país durante a ditadura militar, contando com pesquisadores de várias instituições e estados, aberto à colaboração de leitores e estudiosos para sugerir poemas a integrar o levantamento
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Comentário do pesquisador
Na abertura do livro "Transposição", de onde é retirado o poema, Orides Fontela diz "Atenta ao real: aqui". No poema "Laboratório", por sua vez, a atenção ao real se dá por meio de um "des - armamento" do fato, uma espécie de rarefação, uma saída das referências realistas mais imediatas. Ainda assim, a poeta sinaliza o seu desejo de se afastar das armas, de desarmar o fato, o que pode ser lido como uma recusa, metafórica, da violência tão cara aos Anos de Chumbo.