Infra
Homem, réptil que aspira à humanidade
— já não à tessitura ideal dos anjos —,
sub-homem, pré-homem,
agarra-te a este anelo!
Que no só aspirar já pelo menos
ergues para o alto os olhos.
Mergulha no cerne do tempo.
Do teu tempo.
— Tempo de horror ao Belo.
— Tempo de horror ao Bom.
— Tempo de graciosos desvarios,
e patas, e vômito, e porrada.
— Tempo da Bomba, tempo
de máquinas mortíferas:
que tu comandas, verme,
por muito que te afirmes
a sua vítima inocente.
Tu, cínica vítima cibernética!
Mergulha-te. Chega um tempo
em que a felicidade coletiva
é condição da individual.
Vai ao núcleo do tempo
— este tempo nuclear —
e, tu que amas as novidades,
faz esta coisa nova:
desintegra-o!
Mostra a essência — sem máscara! —
de todos os males da Terra.
Caim, este é teu signo:
$
Rasga-o.