IDEOGEOGRAFIA A JOÃO
Diante das alternativas
não está
a recusa do mundo.
Talvez a renúncia
de seu perfil
visto da lua.
Talvez o refluxo
da humanidade
com rosto único.
Não a recusa do mundo.
A recusa de PORTUPLA
com as índias mortas
e as figuras pálidas
em canteiros calados.
A recusa de EUROPIΝΑ
que não salta do passado
recusando-se as veias
de louros, sulcos pensados.
A recusa de RUSSENA
com os ventos maduros
redemoinho em si mesma,
adiando outro?s futuros.
A recusa de ESCANDIN
livre de nexo a sexo
entediada em si mesma,
ignorando outros fins.
A recusa de CHINÓPLIA
de intransigentes fronteiras
alheia a limite, cêrca,
na sêda de suas teias.
A recusa de UNITRAM
a consumir norte e sul
com as gargantas gigantes
e as caudas de seu orgulho.
A recusa de BRAZÉLIO
que se recusa a si mesmo
em mêdo, silêncio, ópio
a olhar num só espelho.
Não a recusa
do mundo
e seus perfis
de outros fundos.
Nem a recusa da verdade
no local imaginário
de que é sempre vizinha.
Adjacências contínuas
não do teto da igualdade
mas do umbigo inicial
de onde irrompem enxadas
para que se nasce igual.
Não, João
o recuo das margens:
a verdade é o estar perto
do que se decide e age.
Inventar RUCHIBRAMENSUL
ESRUCABRASUL
SULRUCABRASAN
Espera-nos a tarefa do tempo
de outro espaço e linguagem
para traçar geografias
somando homem e paisagem.
A recusa, João
—— não a recusa do mundo.