Nem o rato nem o susto
são fictícios.
Que caras se desenham tão depressa
no vidro sujo da janela?
Na fricção realidade-carne
& realidade-espanto
reconheço o osso do meu osso
o rosto do meu rosto.
No ato.
Fronha de névoa, sonho morno
cabelo espetado & sono de farpas:
a mão que percorre a espinha
a mão, a fada do medo
& corre guincha rato cego