O toque de recolher foi implementado em 1966 com o decreto do presidente Castelo Branco e proibia que pessoas abaixo de 16 anos permanecessem nas ruas após 0h, quando carros do exército e da polícia patrulhariam as ruas para impedir aquilo que consideravam "ameaças em atividade na madrugada e pela segurança nacional". A partir da decretação do Ato Institucional N.º 5 (AI-5), em 1968, esse período diminuiu para 23h e passou a se estender a todas as pessoas, independentemente da idade. A chamada "Polícia Patrulheira" encaminhava os infratores a algum centro de comando militar, onde eram mantidos até às 5h. Em 1977, o uso de violência aos "violadores" foi proibido, e no ano seguinte, em 1978, o toque foi extinto em todo o território nacional, a mando do presidente Ernesto Geisel. O poema parece brincar com a ambiguidade das palavras "toque" e "recolher"; quando contraposto ao contexto ditatorial, porém, o seu sentido passa a remeter também a esse fato histórico do período.
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— Financiamento e realização
Projeto de pesquisa que visa criar um repositório de poemas brasileiros que retrate a vida no país durante a ditadura militar, contando com pesquisadores de várias instituições e estados, aberto à colaboração de leitores e estudiosos para sugerir poemas a integrar o levantamento
Comentário do pesquisador
O toque de recolher foi implementado em 1966 com o decreto do presidente Castelo Branco e proibia que pessoas abaixo de 16 anos permanecessem nas ruas após 0h, quando carros do exército e da polícia patrulhariam as ruas para impedir aquilo que consideravam "ameaças em atividade na madrugada e pela segurança nacional". A partir da decretação do Ato Institucional N.º 5 (AI-5), em 1968, esse período diminuiu para 23h e passou a se estender a todas as pessoas, independentemente da idade. A chamada "Polícia Patrulheira" encaminhava os infratores a algum centro de comando militar, onde eram mantidos até às 5h. Em 1977, o uso de violência aos "violadores" foi proibido, e no ano seguinte, em 1978, o toque foi extinto em todo o território nacional, a mando do presidente Ernesto Geisel. O poema parece brincar com a ambiguidade das palavras "toque" e "recolher"; quando contraposto ao contexto ditatorial, porém, o seu sentido passa a remeter também a esse fato histórico do período.