É hora
Santa Maria, 7/9/67
I
Há os guerreiros da pena
Há os guerreiros da espada
Há homens que dão um braço
pelo fragor da batalha.
Eu
sou poeta da Revolução.
A minha pena é uma espada.
E o meu canto
se eu canto
é um canto de guerra.
II
Guerreiros!
A verdadeira vitória
Está na justeza da luta.
Colocai-vos na liça!
A Grande Batalha já se desenrola.
E ninguém lhe está indiferente!
Quem cala
compactua
Quem baixa as armas
aceita a opressão
fortalece os tiranos!
III
O povo está impaciente,
guerreiros,
As crianças já não cantam
Os jovens não mais se consomem
no amor
e os anciãos só esperam viver
até o grande momento.
Poupam suas forças
para a luta fundamental.
Guerreiros!
A História prepara um passo decisivo
O Espírito de Spartacus
ronda nosso tempo
Que ele se encarne
em cada um de nós!