Conversa com Agenor

Alberto da Cunha Melo

CONVERSA COM AGENOR*

 

Certo, Agenor, os pombos

se afogam num copo d'água

e alto rumor que havia

pinga no extremo das asas.

 

Abraçados ao frio,

morrem os meus inocentes.

— Para que armas tão grandes,

se o frio é suficiente?

 

São pequenos. Seus corpos

parecem estar à margem;

entanto, na poesia

e no abismo, todos cabem.

 

Certo, Agenor, mais tarde

virão os novos e os livres

e, fortes, restarão

ilesos sob um dilúvio.

 

Por enquanto, o homem bambo,

sob uma faixa de chuva,

dobra os joelhos e morre,

em pouca água, como os pombos.

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— Colofão

Coordenação

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Nelson Martinelli Filho (IFES/UFES/CNPq)

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Valéria Goldner Anchesqui

Bolsistas de pós-doutorado (CNPq)

Camila Hespanhol Peruchi

Rafael Fava Belúzio

Pesquisadores/as vinculados/as

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Ana Clara Magalhães (UnB)

Cleidson Frisso Braz (Doutorando UFES)

Cristiano Augusto da Silva (UESC)

Diana Junkes (UFSCar)

Fabíola Padilha (UFES)

Francielle Villaça (Mestranda UFES)

Henrique Marques Samyn (UERJ)

Marcelo Paiva de Souza (UFPR/CNPq)

Mariane Tavares (Pós-doutoranda UFES)

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Susana Souto Silva (UFAL)

Weverson Dadalto (IFES)

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