ASPIRAÇÕES II
Não temos armas,
temos vida,
a moeda mais alta,
a moeda mais forte
e mais desperdiçada
da face da terra.
Não temos armas,
temos apenas
vontade de viver.
Comeríamos em paz
gafanhotos e pirilampos,
se nossos filhos
se conformassem com isso.
Mas, estamos quase mortos,
e nosso resto de vida
já não nos pertence,
mas àqueles que geramos
e que sonham mais alto
do que nós.