Na manhã de sábado
passearei contigo
no pátio do presídio.
Lançarei fora o frio,
os fantasmas e frustrações.
Não mais haverá remorso:
meus dedos retornando ao sol
serão pássaros em tua mão.
Das catacumbas
nascerão rosas
estremecendo faces,
abrindo o brilho
das águas, da barca
e dos beijos.
O coração recorrerá
às reservas para o afeto.
E tu descobrirás em ti
o tesouro
que andei a procurar
no rastro do vendaval.
Uma eternidade esperando
tua visita,
metade da existência
pensando em teu nascimento.
E toda espera que houver
não me tornará menor
na guerra e no amor.